quinta-feira, 30 de junho de 2011

Teoria das Relações Humanas

Teoria das Relações Humanas

Jeffrey Sá Nunes; Iago Freitas;Lázaro Maia Mendes; José Airton;Ian de Souza
1-Introdução
Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Com a "Grande Crise" todas as verdades até então aceites são contestadas na busca da causa da crise. As novas idéias trazidas pela Escola de Relações Humanas trazem uma nova perspetiva para a recuperação das empresas de acordo com as preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres humanos.
2-Experiência em Hawthorne
A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a Experiência de Hawthorne realizada numa fábrica no bairro que dá nome à pesquisa, em Chicago, EUA.
O primeiro teste foi realizado para encontrar a relação entre a intensidade da luz e a produtividade. Nesse teste, porém, foi encontrada uma variável difícil de ser isolada, o fator psicológico dos trabalhadores. Por conta desse fator mudou-se o foco da pesquisa, observando o comportamento dos trabalhadores a cada pequena mudança (ex: lanches, intervalos, mudança nos incentivos e nos horários de trabalho).
A partir de setembro de 1928 iniciou-se o programa de entrevistas, no setor de inspeção, seguindo-se no de operações e mais tarde nos demais setores de fábrica. A empresa através do programa de entrevistas pretendia obter maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos dos trabalhadores, bem como receber sugestões que pudessem ser aproveitados. Nesta etapa, em que os trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma organização informal dos mesmos, com vistas a se protegerem do que julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar.
A 4ª Fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até maio de 1932, tendo como objetivo analisar a organização informal dos operários. Para isso foi formado um grupo experimental, composto de nove soldadores e dois inspetores, sendo que eles eram observados por um pesquisador e entrevistados esporadicamente por outro, e seu pagamento era baseado na produção do grupo. Os pesquisadores observaram, foi uma solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos os operários.

3- Conclusão do experimento
- O nível de produção é determinado pela integração social e não pela capacidade física dos operários.
- O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas padrões sociais (agem de modo a obter recompensas sociais ou a não obter sanções sociais).
- A empresa passou a ser vista como um conjunto de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.
- A existência de grupos sociais que se mantém em constante interação social dentro da empresa.
- Os elementos emocionais e mesmo irracionais passam a merecer uma maior atenção.
4-Principais Teóricos
4.1-Mayor
Georges Elton Mayo – cientista social australiano – chefiou uma experiência em uma fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne. Esta experiência caracterizou-se como um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da Administração, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Na época, a alta necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento das ciências humanas – psicologia e sociologia, dentre outras – e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas.
4.2-Chester Barnard
Chester Irving Barnard, foi um pensador da Escola das Relações Humanas, corrente da Administração, surgida com a crise de 1929.
Barnard também é tido como um pensador do behaviorismo. Foi o criador da teoria da cooperação, em que estuda a autoridade e a liderança.
Foi um dos primeiros teóricos da administração a ver o homem como um ser social, e a estudar suas organizações informais dentro das empresas. O mesmo foi o criador do salario mínimo, e da gestão do recolhimento do FGTS e pagamento de impostos como INSS, ICMC, TR, entre outros. Admirado entre amigos e estudiosos do ramo.
4.3- Roethilisberger & Dickson
De acordo com os pesquisadores, os aspectos técnicos e humanos devem ser vistos como inter-relacionados, ou seja, além das necessidades físicas, os empregados também possuem necessidades sociais. Ainda segundo os autores, na obra acima citada, eventos e objetos no ambiente de trabalho "não podem ser tratados como coisas em si mesmas. Em vez disso eles devem ser interpretados como portadores de valores sociais", ou seja, objetos que não possuem nenhuma significância social podem em uma organização podem tornar-se símbolo de status e adquirir valor social. Os autores concluiram que, quando as pessoas não são motivadas pela lógica, os sentimentos sobre as coisas de valor social tornam-se de grande importância no mundo organizacional.
5-Conclusão
Percebemos que a teoria da Relações Humanas é bastante importante para as empresas atuais.
A partir dessa teoria percebeu-se que é de grande importância tratar o empregado como um ser humano,com falhas e defeitos, e que todo o seu “universo” pode influenciar em seu rendimento.E também é importante ressaltar a ideia de que a satisfação em poder ser reconhecido por seu trabalho é de grande valia para o subordinado,sendo mais importante,em certos casos, do que uma recompensa financeira.
É nítido,nos dias atuais, a aplicação dessa teoria nas empresas,pois a grande maioria delas possui setor de Recursos humanos que levam em consideração grande parte das ideias adotas pela a Teoria das Relações Humanas.
6-Bibliografia
 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 5ª edição, 1997.









Artigo

Teoria das Relações Humanas: Da sua criação ao inicio da sua implantação em um mercado inflexível.

                            É notável a mudança no tratamento dos trabalhadores do século em que vivemos quando comparados há séculos passados, pois durante muito tempo as condições de trabalho para muitos eram quase subumana, fato que prejudicava tanto as empresas e indústrias, quanto os trabalhadores. Entretanto, para a sociedade notar que o tratamento dos homens estava se dando de forma errada, foi necessário a economia mundial passar por momentos ruins.    
                  As pesquisas e as bases teóricas da Escola de Relações Humanas sempre estavam presentes visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Mas só ganharam força na Grande Depressão criada pela queda da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929.
Caixa de texto:              http://www.grap.org.br/wp-content/upload 1. Figura 1                      Inicialmente com o propósito de passar a idéia de que o homem não pode ter um comportamento simples e mecânico e de que ele tem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, entre outros, se desenvolveu um sistema a partir de experiências realizadas por Haethorne, onde as maiorias de suas conclusões destacaram problemas e deixava claras as diferenças entre organizações que eram tratadas como um grupo de pessoas e organizações que eram tratadas como máquinas.
                     Outros grandes precursores dessa teoria foram os estudiosos Elton Mayo, Roethlisberger e William Dickson, fizeram, respectivamente, conclusões como a de que a fábrica deveria ser vista como um sistema social e não apenas econômico ou industrial, o desenvolvimento de líderes com o consentimento de um determinado grupo, a indiferença a incentivos econômicos, entre outros.
Caixa de texto:    http://www.library.hbs.edu/hc/hawthorne/ 1. Figura 2                    A partir de então foram definidos eixos como conseqüências das conclusões desses estudiosos que até hoje ainda são trabalhados e aperfeiçoados em empresas de vários setores. As principais delas são a Instituição (conjunto de pessoas que carecem de motivação e estímulos para produzirem), novas formas de linguagem na administração, motivação (tensão persistente que leva o individuo a alguma forma de comportamento), Necessidades ou motivos (forças conscientes ou inconscientes que levam uma pessoa a determinado comportamento), liderança (condutor de pessoas rumo a um objetivo) e o estudo da motivação humana.
                    Mesmo tendo constatados vários problemas organizacionais, a teoria das relações humanas ainda demoraria muitos anos para ser implantada, mas, como citado no início do texto, ela foi impulsionada na época da famosa Crise de 29, acontecimento provocado pela superprodução e falta de mercado para escoação dos produtos. Esse atraso se deu pelo fato de que até então o modelo da teoria clássica e as máquinas eram consideradas perfeitas pelos empreendedores, pois tinham revolucionado a econômica mundial e criado uma nova idéia de mercado.
                    A Crise acabou funcionando como um alarme para que os empreendedores repensassem a forma de tratar os funcionários dentro de uma empresa, visto que já não se tinha um modelo 100% seguro. Logo, em busca de soluções, a teoria das relações humanas acabou sendo um bom caminho a seguir.
Caixa de texto: http://4.bp.blogspot.com/_DVKGNX_hu5s/SQ 1. Figura 4                    Apesar de aparentemente ser uma solução muito viável, como muitas teorias, a de relações humanas sofreu graves críticas, quando a sua aplicação foi iniciada. Entre as principais críticas que deixaram muitos empresários receosos foram a de que suas experiências eram limitadas a um determinado campo experimental, deixando de levar em consideração algumas variáveis, a de concepção ingênua e romântica do operário e a de parcialidade nas conclusões.
                         Na atualidade essa teoria está sempre sendo aperfeiçoada, implantada e reformulada em várias empresas e é visível que ela proporcionou uma alteração do modo de pensar dentro das organizações, aumentando à eficiência, à eficácia, à satisfação do cliente e trabalhador, entre outras áreas que cada vez mais usam meios idealizados pelos antigos estudiosos das relações humanas.


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